Em alusão ao Dia Mundial do Sorriso, comemorado anualmente na primeira sexta-feira do mês de outubro, o Hospital Geral de Palmas (HGP), em parceria com a Organização Não Governamental (ONG) internacional Smile Train, realiza na quarta-feira, 02, ações para celebrar a data. Na ocasião, participarão pacientes fissurados do Serviço de Reconstrução Craniofacial do HGP, além de familiares e profissionais de saúde.
O sorriso é visto como um gesto universal que transcende barreiras culturais e linguísticas, sendo uma forma simples, mas poderosa de comunicação. A parceria firmada com a Smile Train existe há 7 anos e vem fazendo a diferença para diversos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo o Serviço de Reconstrução Craniofacial do HGP.
“O Hospital Geral de Palmas atende pacientes com fissura lábiopalatina com o objetivo de tratar desses os pacientes e devolver o sorriso para eles. O sorriso traz alegria, felicidade, é o nosso cartão de visitas. Durante essa semana, vários hospitais no Brasil realizarão uma ação comemorativa em alusão a essa data.”, explica Daniela Carvalho Tosin, médica que atua no serviço de Reconstrução Craniofacial no Hospital Geral de Palmas (HGP).
A médica acrescenta que “o Estado do Tocantins possui uma parceria com a organização americana Smile Train, que atua em mais de 30 hospitais no Brasil, com objetivo de ajudar com o custeio, a formação acadêmica e a integração do paciente fissurado na sociedade. Somos parceiros nessa jornada de estabelecer sorrisos!”, pontuou.
Serviço de excelência
O HGP se tornou referência em atendimento a pacientes com fissura labiopalatina, ou lábio leporino, uma abertura que começa na lateral do lábio superior, dividindo-o em dois segmentos, essa falha no fechamento das estruturas pode restringir-se ao lábio ou estender-se até o sulco entre os dentes incisivos lateral e canino, atingindo a gengiva, o maxilar superior e o nariz.
O lábio leporino não é apenas uma alteração estética, mas causa problemas de saúde que podem ir desde dificuldades alimentares até problemas respiratórios, de fala e audição. Além do procedimento cirúrgico, o HGP oferece o processo de reabilitação, que conta com o auxílio de uma equipe multiprofissional composta por cirurgião plástico, Cirurgião-Bucomaxilofacial, Cirurgião-Dentista, Ortodontista, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Psicólogo.
Segundo o Cirurgião-plástico do HGP, Weber Moragas, “o tratamento das fissuras lábiopalatinas é composto de várias etapas, essas múltiplas etapas contam com uma equipe multiprofissional para atender a criança. A criança passa pelo primeiro estágio da cirurgia aos três meses, que é a cirurgia do lábio, chamada queiloplastia. Aos 12 meses, realiza-se o segundo estágio, que é a cirurgia do palato, chamada palatoplastia. Entre os seis e sete anos, são feitos os enxertos ósseos. Aos 11 anos, a criança começa o preparo para a cirurgia ortognática, e aos 17 anos, realiza a rinoplastia secundária”.
O cirurgião acrescenta que “todas estas várias das etapas das fissuras lábiopalatinas, o tratamento é disponibilizado no Sistema Único de Saúde, no HGP é ofertado pelo Serviço de Reconstrução Craniofacial”, concluiu.
Para a mãe de paciente, Natália Teles, “Graças a Deus tem o SUS! O atendimento é muito bom e de extrema importância. Segunda vez aqui com meu filho, a gente vem de longe e é muito gratificante. Equipe atenciosa, todo cuidado com os detalhes e com a criança”, declarou.
Como ter acesso?
Os pacientes que necessitam de procedimento cirúrgico são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao Serviço de Regulação do Estado, que organiza o fluxo no HGP. A primeira cirurgia realizada é a do lábio, e normalmente a criança deve ter entre três e seis meses.
Sobre a data
O Dia Mundial do Sorriso foi criado em 1999 pelo artista Harvey Ball, conhecido por ter desenhado o famoso ícone “smiley face”. O objetivo principal dessa comemoração é promover a felicidade e a bondade, incentivando as pessoas a sorrirem e espalharem alegria ao seu redor.
A Smile Train
A ONG é a maior organização mundial dedicada ao tratamento de fissuras labiopalatinas, com um modelo de sustentabilidade comprovada. Através de treinamento, financiamento e doação de recursos, capacitam profissionais médicos locais em diversos países para oferecer cirurgias gratuitas e tratamentos essenciais para crianças com fissuras em suas próprias comunidades.
